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O que é ouro?

Definição

Alguns argumentam que o ouro é uma relíquia bárbara que não mantém mais as qualidades monetárias do passado. No ambiente econômico moderno, o papel-moeda é a moeda preferida. Eles argumentam que a única vantagem do ouro é que ele é o material usado em joias. Por outro lado, alguns argumentam que o ouro é um ativo com muitas qualidades intrínsecas que o tornam único e essencial para os investidores manterem em seus portfólios.

Uma breve história do ouro

Para entender completamente o propósito do ouro, precisamos voltar aos primórdios do mercado de ouro. A história do ouro na sociedade começa muito antes de os antigos egípcios começarem a fabricar joias e artefatos religiosos. Entretanto, foi somente por volta de 560 a.C. que o ouro começou a funcionar como moeda. Naquela época, os comerciantes queriam criar uma moeda padronizada e facilmente transferível para simplificar o comércio. A criação de uma moeda de ouro estampada parecia ser a resposta, já que as joias de ouro eram amplamente aceitas e reconhecidas em muitas partes do mundo.

Após o advento do ouro como moeda, sua importância continuou a crescer em toda a Europa e na Grã-Bretanha, com relíquias dos impérios grego e romano sendo exibidas com destaque em museus de todo o mundo, e a Grã-Bretanha desenvolveu suas próprias moedas com base no metal em 775. A libra esterlina britânica (que representa uma libra de prata), o xelim e o centavo foram baseados nas quantidades de ouro (ou prata) que representam. Por fim, o ouro simbolizava riqueza em toda a Europa, Ásia, África e Américas.

O padrão bimetálico dos EUA

O governo dos EUA deu continuidade a essa tradição do ouro estabelecendo um padrão bimetálico em 1792. O padrão bimetálico simplesmente estabelecia que cada unidade monetária nos Estados Unidos deveria ser lastreada em ouro ou prata. Por exemplo, um dólar americano é equivalente a 24,75 grãos de ouro. Em outras palavras, as moedas usadas como troco representavam simplesmente o ouro (ou prata) depositado no banco.

Mas esse padrão ouro não durou para sempre. Durante a década de 1900, uma série de eventos importantes finalmente levou à transição do ouro para fora do sistema monetário. Em 1913, foi criado o Federal Reserve, que começou a emitir notas promissórias (nossa versão moderna de papel-moeda) que podiam ser trocadas por ouro sob demanda. O Gold Reserve Act de 1934 deu ao governo dos EUA a propriedade de todas as moedas de ouro em circulação e pôs fim à cunhagem de novas moedas de ouro. Em suma, essa lei começou a estabelecer a ideia de que o ouro ou as moedas de ouro não eram mais necessários como moeda. Os Estados Unidos abandonaram o padrão ouro em 1971, quando sua moeda deixou de ser lastreada em ouro.

O ouro na economia moderna

Embora o ouro não seja mais o lastro do dólar americano (ou de outras moedas mundiais), ele ainda é importante na sociedade atual. Ele continua sendo importante para a economia mundial. Para confirmar esse ponto, não é preciso olhar além dos balanços patrimoniais dos bancos centrais e de outras instituições financeiras, como o Fundo Monetário Internacional. Essas instituições são atualmente responsáveis por manter quase um quinto do suprimento de ouro acima do solo do mundo. Além disso, vários bancos centrais aumentaram suas reservas de ouro, refletindo sua preocupação com a economia global de longo prazo.

O ouro preserva a riqueza

A razão da importância do ouro na economia moderna reside no fato de que ele tem sido capaz de preservar a riqueza por milhares de gerações. Entretanto, o mesmo não pode ser dito sobre as denominações em papel. Para entender melhor, considere o exemplo a seguir: No início da década de 1970, uma onça de ouro valia US$ 35. Suponha que, naquela época, você pudesse escolher entre possuir uma onça de ouro ou apenas US$ 35. Ambos comprariam a mesma coisa, como um terno novo ou uma motocicleta de luxo. Entretanto, se você tivesse uma onça de ouro hoje e a convertesse aos preços atuais, ainda seria suficiente para comprar um terno novo, mas não a mesma coisa por US$ 35. Em resumo, você perderá uma parte significativa de sua riqueza se decidir manter US$ 35 em vez de uma onça de ouro, porque o valor do ouro aumentou, enquanto o valor do dólar diminuiu devido à inflação.

O ouro como uma proteção contra o dólar

A ideia de que o ouro é um ativo é ainda mais importante em um ambiente econômico em que os investidores enfrentam a queda do dólar e o aumento da inflação. Historicamente, o ouro tem atuado como uma proteção contra esses dois cenários. Com o aumento da inflação, o ouro tende a subir de preço. Quando os investidores percebem que seu dinheiro está perdendo valor, eles começam a colocar seus investimentos em um ativo durável que tradicionalmente mantém seu valor. A década de 1970 foi um exemplo paradigmático do aumento dos preços do ouro em um contexto de inflação crescente.

A razão pela qual o ouro se beneficia da queda do dólar americano é que o ouro é cotado em dólares americanos em todo o mundo. Há dois motivos para essa relação. Primeiro, os investidores que pretendem comprar ouro (ou seja, o banco central) precisam vender seus dólares americanos para concluir essa transação. Em última análise, isso fez com que o dólar americano caísse, já que os investidores globais procuraram se diversificar do dólar. O segundo motivo tem a ver com o fato de que um dólar mais fraco torna o ouro mais barato para os investidores que possuem outras moedas. Isso se traduz em maior demanda por parte dos investidores que detêm moedas que se valorizaram em relação ao dólar dos EUA.

Ideia

  • Em geral, a Goldbugs incentiva os investidores a possuir metais preciosos como parte de um portfólio diversificado de longo prazo.
  • O ouro é visto como uma proteção contra a inflação e uma reserva de valor contra todas as probabilidades.
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